Olá, pessoal! No post de hoje, vou falar sobre exercícios técnicos essenciais aos alunos iniciantes: os exercícios para os cinco dedos. Muitas músicas nos estágios iniciais se encontram na posição de cinco dedos (pentacordes) e facilitam a leitura pelo contorno melódico, o uso de acordes, a transposição, a improvisação e o reconhecimento dos padrões na partitura e no teclado. Utilizar exercícios que trabalham os cinco dedos é importante para praticar o fortalecimento, o controle, a independência, a coordenação e a agilidade dos dedos. É importante salientar que, antes de focar na independência de cada dedo, os alunos já devem ter praticado o uso do peso do braço, o alinhamento correto do corpo, o relaxamento, os movimentos do punho e o toque legato. Do contrário, focar excessivamente na individualidade dos dedos pode trazer tensão excessiva e prejudicar o desenvolvimento técnico. É verdade que muitos desses exercícios não são nada inspirados musicalmente, mas, mesmo assim, podem servir como bons exercícios diários e preparar os alunos para utilizar as habilidades trabalhadas em contextos musicais mais complexos. Além disso, por serem curtos, podem aumentar a chance de serem realmente estudados em casa.
E como iniciar o uso desses exercícios com os iniciantes? Eu gosto de, primeiramente, trabalhar todos os pentacordes maiores e menores em movimento paralelo e contrário, arpejos com cruzamentos de mãos e acordes antes de entrar nos exercícios de cinco dedos. Assim, os alunos podem fortalecer a fôrma da mão, as falanges, a independência e a coordenação antes de abordarem esses estudos. Depois, passamos aos exercícios curtos que podem ser utilizados para trabalhar diversos elementos técnicos. Com certeza, muitos são do conhecimento de vocês, como A Dose do Dia, Finger Builders (Robert Pace), Oscar Beringer, Hanon, A. Schmitt, Le Couppey, Czerny op. 777, entre outros. E você também pode criar os seus próprios de acordo com o que sente necessidade. É preciso muita atenção dos professores para orientar os alunos a como estudarem esses exercícios para não tensionarem demais as mãos e para praticarem de maneiras variadas: com dinâmicas, variações rítmicas, diferentes articulações (inclusive articulações diferentes em cada mão), transposições, entre outros, para tirarem os maiores benefícios dessas atividades. É importante também não exagerar nas repetições, pois tocar esses estudos muitas vezes repetidamente, pode acabar levando a lesões. Para uma abordagem mais criativa, pode-se utilizar as posições para exercícios de improvisação e composição.
Para ilustrar esses exercícios, deixo aqui um material para download gratuito: uma adaptação minha de estudos do ABC do Piano de Le Couppey. Nesse arquivo, fiz uma seleção de alguns estudos e os adaptei também para o movimento contrário. Clique no link abaixo para baixar e utilizar com seus alunos!
Baixe aqui: Apostila Adaptada do ABC do Piano, de Le Couppey
Por hoje, fico por aqui! Até mais!
Obrigada por suas dicas! Sempre muito valiosas para nós professores! Um grande abraço ❤️
Obrigada! Fico muito feliz de poder contribuir!